Marte
Marte passa a uns escassos cinquenta e tal milhões de quilómetros da Terra nestes dias. Da limitada panorâmica que a minha janela urbana me permite, acompanho o fenómeno. Acompanho também as estrelas que as luzes de Lisboa não apagam e que produzem em mim sentimentos que não mudam com os anos. Assombram-me, assustam-me, seduzem-me, deslumbram-me... Sem nenhuma razão especial. Pelo menos, nenhuma que eu consiga traduzir em palavras. Não se explica, sente-se. Algumas coisas são mesmo assim. Ainda bem.
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