segunda-feira, outubro 13, 2003

O elogio da estupidificação

Uma boa súmula do que se tem dito sobre os tremendos disparates que são alguns manuais escolares está no Aviz. Um óptimo ponto de partida para outras paragens onde se dá largas à indignação.
Mais concretamente, e no que se refere aos últimos exemplos conhecidos, trazer os saberes dos alunos para a sala de aula é uma pobre desculpa para o encobrimento da estupidificação de massas que determinados programas televisivos representam. Discutir o Big Brother e as telenovelas tem uma relevância inegável. As ilações que se podem tirar desses produtos televisivos dizem muito sobre a televisão que temos e sobre quem a vê. Mas promover o assunto a tema de estudo no ensino secundário à custa de tempo para explorar a Língua, as obras e os autores resulta de uma insensatez e de uma incúria indescritíveis. Se calhar é de mim, mas era capaz de jurar ter visto há uns meses o ministro David Justino a dissertar sobre o seu comprometimento com o rigor e a exigência dos programas e do ensino. Devo estar enganado...