O PS e Lisboa
No Forum Cidade está publicado um post que reproduz um texto de Miguel Coelho sobre os tristemente famosos cartazes do PS em Lisboa. Pergunta o responsável do PS ‘porque é que o PS está proibido de abordar as questões que se prendem com a segurança? É um terreno onde só a direita pode intervir, vedado à esquerda?’
Evidentemente, o problema não reside no facto de o PS ter privilegiado o tema da segurança, mas sim na forma como resolveu abordá-lo. A forma como os cartazes estão pensados é, no mínimo, passível de induzir interpretações securitárias. Este é que é o ponto fundamental. A campanha foi mal pensada e não surte o efeito desejado pelo PS. Pode ser que custe a admitir para os seus responsáveis, mas é uma evidência para quase todos os outros.
Mesmo assim, privilegiar a segurança no combate político por Lisboa também merece reparos. O exercício de Santana Lopes pode e deve ser criticado em muitos aspectos. Na política de habitação, na política cultural, na política ambiental e nos espaços verdes, na propaganda pessoal e partidária com o selo da CML, na falta de ideias e projectos concretos que não passem pelo Casino, pelo Parque Mayer e pelo túnel das Amoreiras. As possibilidades são tantas que centrar a atenção dos lisboetas somente em uma ou duas questões peca por defeito. Existe um verdadeiro manancial à disposição da oposição. Se não for aproveitado pelo PS, certamente haverá outras forças políticas dispostas a fazê-lo.
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