segunda-feira, outubro 20, 2003

...e depois acordei. (II)

Acredito na protecção das fontes informativas. Julgo que é um pilar de segurança contra os abusos autoritários, monopolistas e corporativistas, entre outros, que existem nas sociedades democráticas. Garantir a protecção das fontes é garantir que existirá sempre uma válvula de segurança, um espaço de liberdade onde se faça ouvir a voz dos discordantes. Contudo, para credibilizar uma notícia baseada em fontes anónimas é necessário estabelecer alguns métodos. Entre outros, enquadráveis nas boas práticas jornalísticas, destaco três, enquadráveis nas boas práticas do bom senso e da ética profissional. Em primeiro lugar, a informação deve ser, de alguma forma, verificada, sob pena de se poder ver trocadas notícias por desinformações. Em segundo lugar, quando possível, deve ser dada a indicação da proveniência da informação, salvaguardando, evidentemente, a identidade da fonte. Por último, o processo informativo não pode ficar por aí. A investigação deve continuar e apurar todos os factos em profundidade.