Manuais, educação e responsabilidade
Ainda em relação ao tema dos manuais escolares, o Aviz cita o Liberdade de Expressão. Sobre o que lá está dito, parece-me que no caso da educação não será bem assim. Quando se permite a publicação de manuais recheados de incorrecções o que principalmente se arrisca é o desenvolvimento educativo dos alunos. É de capital humano e cultural que estamos a falar.
Tenho grandes reservas em considerar a educação como, apenas, mais um ramo de actividade económica. Aliás, parece-me perfeitamente razoável um qualquer mecanismo de acreditação das editoras para a realização de manuais de estudo que serão, não o esqueçamos, obrigatórios para os estudantes. Trata-se, portanto, de uma dupla responsabilidade. Por um lado, a responsabilidade educativa a que o estado não pode e não deve furtar-se. Por outro, a responsabilidade de garantir material de cariz obrigatório com qualidade praticamente inatacável. Se não agirmos agora, o que poderemos esperar, ou exigir, das próximas gerações?
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