O Estado e a comunicação social
Não vejo problema de maior na nomeação do ex-assessor de Martins da Cruz para director executivo do DN. Concordo que os jornais tenham uma linha editorial política definida, desde que a assumam claramente. Desta forma o consumidor sabe o que compra. É preferível saber quem manda nas redacções a ter uma falsa imagem de isenção. Além disso, não conhecendo em pormenor o percurso profissional de Fernando Lima (conheço o que li nos jornais e nos blogues), não me resta outra solução do que considerá-lo um profissional idóneo. No entanto, uma coisa é assumir uma orientação política para as linhas editoriais e outra, totalmente diferente, é ser o Estado a defini-las. Esta última já me merece as maiores reservas. E, tal como o Bloguitica salienta, quem não se manifesta contra esta lógica de nomeações agora, perde legitimidade para se queixar mais tarde.
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