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Na entrevista a Jorge Coelho, emitida ontem pela 2: e disponível no Público de hoje, ressaltou a forma de jornalismo que os entrevistadores privilegiaram. Foi um jornalismo de guerra. Os entrevistadores optaram por lançar projécteis e ficar a assistir à capacidade do ex-ministro de se esquivar deles com maior ou menor dificuldade (de uma forma geral esquivou-se bem).
De uma entrevista a uma pessoa com as responsabilidades políticas que teve e tem Jorge Coelho, espera-se um pouco mais. Não compreendo nem a entrevista que opta por encostar à parede o entrevistado, nem a entrevista de reverência. São más opções informativas. Algures no meio existe um equilíbrio que um profissional credenciado e experiente deve saber encontrar. Transformar a entrevista numa fórmula de agressividade mais ou menos gratuita é tão pérfido quanto assistir passivamente à elaboração propagandística a que alguns entrevistados se entregam.
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