O candidato
Cada um faz a leitura que quiser do futuro político de Cavaco Silva. Alguns pequenos pormenores, no entanto, lançam uma dúvida mais que razoável sobre a sua hipotética falta de vontade para regressar. Cavaco chamou a atenção para a falta de elegância, em relação a Jorge Sampaio, que seria pronunciar-se sobre as presidenciais com toda esta antecedência. Ora, não se compreende muito bem qual seria a deselegância de afirmar que não é candidato a ocupar o lugar deixado vago pelo actual presidente. E se não é deselegante dizer que não é candidato, então a deselegância deve ser a resposta contrária. Mas Cavaco afirmou ainda que, olhando para a vida político-partidária portuguesa, é compreensível que não exista vontade de regressar à actividade. Mas, por outro lado, a candidatura à presidência também não é partidária, pois não?
A bola agora está no campo de Santana Lopes.
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