Sinalização
Temos que admitir que este país tem uma questão cultural com as sinalizações. A sinalização, quando existe, é muitas vezes confusa, incompleta ou enganadora, tornando-se assim inútil. Estas situações são tão comuns que temos que nos interrogar se constituem um mera negligência ou se já fazem parte de uma certa forma de agir. Ou seja, se em vez de estarmos a falar de um descuido, de uma alteração ao que deveria ser o padrão, não estaremos já perante uma forma de funcionamento sistemática, estruturada, que se constitui como característica dominante e não como desvio.
Se esta hipótese estiver correcta, a definição das situações em que potencialmente poderá estar envolvido algum tipo de sinalização já parte do princípio da existência de um défice de informação. A expectativa associada a essas situações é a de não esperar facilidades nesse campo, de tal forma que uma boa sinalização será recebida com surpresa e agrado e não com a relativa indiferença de um acontecimento regular.
Desenvolver sinalização simples e eficiente pode custar tempo e dinheiro. Mas também seria interessante contabilizar os custos que advêm da actual forma de proceder.
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