quarta-feira, agosto 31, 2005

Alegre out, Alegre in

Um dia antes da decisão de Soares, Manuel Alegre afastou-se da corrida presidencial. Traçou um diagnóstico preciso dos problemas que o país enfrenta, especialmente no que diz respeito à política e às desigualdades económicas. Não se refugiou em meias palavras, foi frontal no seu desacordo com a candidatura de Soares e com as decisões do PS, especialmente no pré-condicionamento das candidaturas que a direcção do partido praticamente impôs. Demarcou-se das duas e deixa o sucesso ou insucesso nas eleições inteiramente à responsabilidade de José Sócrates e da sua direcção.
Deixou subentender ainda uma antevisão negativa do futuro de Sócrates. Não há outra forma de entender a vontade manifestada em continuar a actividade política noutras batalhas, à espera do inesperado. Esse inesperado não pode ser outra coisa que não o fim prematuro do governo PS. A assim ser, deve entender-se que Manuel Alegre e a ala esquerda do PS se posicionam para disputar mais uma vez a liderança do partido e que o esperam fazer mais depressa do que se julga. E são capazes de ter toda a razão.

5 Comments:

At 12:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Big Brother 6: Nomination and Veto #9
I groaned as today's episode started. With the lack of an episode on Saturday, I had managed to block from my mind the tragedy that had occurred in the last HoH competition: April is Head of Household.
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At 2:32 da tarde, Blogger mfc said...

...e demarcar terreno para daqui a 4 anos!

 
At 2:58 da tarde, Blogger Miguel Silva said...

Sim, claro. Mas estou convencido que cada vez cresce mais a ideia de que o governo não vai completar essa idade.

 
At 6:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Foda-se Tenho de leVat com a Merda do Mário, mais cinco anos, e sabendo que ele recebe reforma de Presidente e ordenado de Presidente. O Povo Português é mesmo estúpido e gosta de andar de cangote como os bois.

 
At 9:21 da manhã, Blogger Miguel Silva said...

Disse apenas que julgava ter percebido uma disponibilidade da ala esquerda do PS para disputar a liderança do partido. Concordo, no entanto, que tem poucas hipóteses de ser uma candidatura ganhadora. O aparelho do PS é demasiado poderoso e mostra pouca capacidade de renovação.

 

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