sexta-feira, maio 21, 2004

Expresso da meia-noite

A substituição do ministro do Ambiente não era propriamente inesperada. Amílcar Theias acumulou erros que não deixavam adivinhar outra solução. A única questão que se colocava era a altura exacta em que abandonaria o cargo. Ora, se a remodelação do ministro era previsível e até desejável, devido à sua inépcia política e executiva, já não é nada claro o momento concreto em que ocorre. A anunciada vontade de privatizar as Águas de Portugal faz surgir sérias reservas quanto aos papéis desempenhados pelo anterior e pelo actual titular da pasta. O executivo PSD-PP mostra, uma vez mais, a sua capacidade de enublar os contornos mesmo das medidas à partida mais consensuais.