Prioridades
Há coisas realmente importantes e outras que nem tanto. O facto de Pedro Santana Lopes ser primeiro-ministro e liderar um governo onde ainda pontuam nomes com o calibre de um Rui Gomes da Silva ou de um Luís Nobre Guedes, para não falar da inenarrável lista de secretários de estado, é importante. Um jogo de futebol que degenera numa sucessão de insultos entre uma cambada de energúmenos, nem por isso.
De acordo, a importância da troca de insultos entre gente inqualificável depende das responsabilidades dessas pessoas e do que se poderia aprender em estudos de caso sobre a ascensão destas personagens. Mas, verdade seja dita, nunca se tiram consequências da primeira dessas condições e nunca ninguém se interessou pela segunda. Assim, o que sobra é que estamos há mais de uma semana a ouvir falar de um acontecimento secundário, enquanto Santana Lopes continua a ser primeiro-ministro. Alguém se lembra que o governo apresentou a proposta de Orçamento de Estado na sexta-feira?
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