O amigo americano
É de supor que as vozes que se levantaram contra a nomeação de Freitas do Amaral para Ministro dos Negócios Estrangeiros só por distracção não tenham entoado um coro de indignações sobre a nomeação de John Bolton para embaixador dos EUA na ONU. Afinal, Bolton andou a dizer da ONU o que Freitas nunca chegou a dizer dos EUA.
Momentos altos:
"as Nações Unidas não existem"
"se o edifício do Secretariado da ONU perdesse dez andares, não faria diferença nenhuma"
"qualquer reforma devia ser no sentido de considerar apenas um membro permanente: os EUA"
"é um grande erro para a América reconhecer a validade da legislação internacional"
5 Comments:
oh meu caro,
de certo não era para mim que estava a falar, uma vez que a minha voz é fraca, mas se quiser digo-Lhe a razão do meu (não) protesto.
1. acho um disparate a nomeação. mas está fora do meu alcance. a minha crítica será vã, porque sem significado e sem autoridade (não sou americano)
2. prefiro ocupar o meu tempo com aquilo que portugal faz.... por exemplo, com um secretário de estado do MNE que acusa bush de "provincianismo". Este ilustre secretário, nascido em qualquer metrólope mundial vai falar em meu (e no seu) nome com os americanos para um sem número de acções....
isso sim deixa-me preocupado....
Pois é. Mas a função do Bolton é mesmo colocar a ONU sob pressão.
Certamente que a função de Freitas é colocar os USA sob pressão...
Que raio de comparação. O que é que a pulga tem a ver com o elefante ?
César, claro que não era para si. Acho que já nos conhecemos o suficiente para não ter de recorrer a este género de indirectas.
A crítica pode não ter eco, mas não deixa de ser justa. Embora as posições da administração Bush me mereçam as maiores reservas, acabo por concordar que, mesmo nos meios diplomáticos e académicos, por vezes, parece que não se percebe os valores que GWB defende. Isso, até do ponto de vista de quem não se identifica, de forma alguma, com eles, é certamente motivo de preocupação.
Há muita gente distraída ;-)
Caro JPT, não lhe escapou nada, a não ser, talvez, o facto de eu não estar propriamente a "exigir" nada. Limitei-me a ironizar. Nada de especial.
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