sexta-feira, agosto 29, 2003

Entretanto

Entretanto já estou a aprender mais umas coisas sobre a formatação do blogue e já sei dominar o problema dos acentos. O que me preocupa, agora, é o facto do blogue não estar a actualizar os meus posts. Um bocadinho mais grave...

Ai...

Aí estão mais uns links para os meus blogues preferidos. Mas já me vai aborrecendo esta coisa de ter de estar sempre a corrigir palavras com acentos que, apesar de bem escritas, insistem em aparecer desformatadas. Se alguém perceber disto que mande umas dicas por correio.

O contador

Um amigo pergunta-me se não estou interessado em saber o número de pessoas que visita este blogue. Não, não estou.

Lisboa

Durante este fim de semana prevê-se o regresso do último grande contingente de veraneantes lisboetas. Haverá alguns resistentes que prolongarão para Setembro as suas férias, mas não serão em número suficiente para fazer realmente diferença. Nestes dois dias que se avizinham acaba o descanso que esta cidade, invariavelmente, oferece em Agosto. É pena. Agora só para o ano que vem.

quinta-feira, agosto 28, 2003

No Espigas ao Vento descubro o Prazer Inculto que posta algo muito parecido com o que eu estava a tentar dizer aqui mais em baixo. Já quanto aos Auxiliares de Acção Educativa (mesmo blog, uns posts mais abaixo), não tenho tanta certeza. É sempre mais fácil atirar responsabilidades para baixo do que para cima. Existindo incompetência, deve-se repartir a responsabilidade entre o incompetente propriamente dito e o incompetente que o pôs lá, não o forma e não arranja maneira de o tirar de lá. E, segundo julgo saber, a autonomia das escolas está tão limitada que esses aspectos reportam a instâncias superiores. Se o problema das escolas em Portugal passasse só pelos AAE's muito bem andava o assunto. Só a título de exemplo, confidenciava-me uma amiga no passado Sábado que, numa escola secundária alentejana, impingiram como chefe de secretaria uma pessoa que provinha do sector da saúde, sem a quaisquer conhecimentos para o cargo. As constantes reclamações do Conselho Executivo às entidades competentes ainda não tiveram qualquer consequência.

Mais Links

Estou a actualizar a lista de links para os blogs que merecem a minha atenção. Como isto vai por ordem alfabética ainda vai demorar mais uns tempos a acabar. Mas valem mesmo a pena. Variando com o gosto de cada um, claro. Fica para depois actualizar a lista de links dos meios de comunicação social.

A essência dos blogs

Acabo, finalmente, a ronda matinal pelos blogs a que já me acostumei. Definitivamente gosto disto. Este é um exercí­cio que tem muito de exibicionismo e de voyeurismo, como assinala FJV no Aviz. Mas também existe a vontade de partilhar e a sinceridade. Agradam-me as constantes referências que me fazem navegar de blog em blog. Agradam-me os links que facilitam a navegacão e que me lembram da urgência de actualizar a minha própria lista. Agradam-me os posts curtos a transbordar de alma e de inspiração. Leio, identifico-me, rio-me, indigno-me. Mas, sobretudo, leio. E isso, definitivamente, agrada-me!

quarta-feira, agosto 27, 2003

Governar?

Estes governantes não cessam de me surpreender com as suas idiossincrasias. Depois de ter ouvido uma Secretária de Estado afirmar que Portugal é um paí­s católico, um Ministro do Ambiente confessar desconhecer o número de portugueses sem saneamento básico, um Ministro das Obras Públicas confessar que o seu lugar deveria ser no Ambiente, um Ministro da Saúde afirmar desconhecer as pastas que tutelou num anterior Governo de que fez parte e um Ministro da Administração Interna recusar-se a comentar as acusações de descoordenação dos sectores que tutela, chegou agora a vez da Ministra das Finanças caracterizar uma sua medida como a mais estúpida que tomou ou tomará. Será de mim ou esta gente não me parece muito bem preparada para as suas funções? E, só por curiosidade, não se pode concessionar a governação deste país? Só para experimentar... De preferência a estrangeiros; parece que na Escandinávia se vive um bocado melhor do que aqui.

In the Navy

Um exercício da Marinha portuguesa provocou um incêndio nas imediações do Cabo Espichel. Parece que ninguém envolvido na manobra se lembrou dessa possibilidade. Mesmo depois deste mês de Agosto em que arderam mais de 400 mil hectares do país, ainda não se sabe bem como, e em que centenas de famílias viram as suas vidas transformadas para pior. Para muito pior. Observei ainda, consternado, uns quantos marinheiros a combaterem as chamas por entre o medo, a atrapalhação e os palavrões. Uma hora depois, já com bombeiros, tudo acabou menos mal. Infelizmente, é uma história mesmo nossa. Previsões e planeamento insuficientes, respostas toscas cheias de boa vontade. Como também é costume, ninguém explica nada nem assume responsabilidades. Por que é que temos de ser assim? Porquê?

Marte

Marte passa a uns escassos cinquenta e tal milhões de quilómetros da Terra nestes dias. Da limitada panorâmica que a minha janela urbana me permite, acompanho o fenómeno. Acompanho também as estrelas que as luzes de Lisboa não apagam e que produzem em mim sentimentos que não mudam com os anos. Assombram-me, assustam-me, seduzem-me, deslumbram-me... Sem nenhuma razão especial. Pelo menos, nenhuma que eu consiga traduzir em palavras. Não se explica, sente-se. Algumas coisas são mesmo assim. Ainda bem.

A propaganda II

Ainda sobre os cartazes que Pedro Santana Lopes anda a espalhar por Lisboa ocorreu-me o seguinte. Por uma questão da mais elementar justiça, para que o cidadão possa apreciar o exercício autárquico dos eleitos, proponho que se espalhem pela cidade cartazes que refiram em quanto tempo deveria ter sido concluída a obra e quanto tempo está realmente a levar para concluir ou há quanto tempo não se conhecem evoluções significativas no andamento da mesma. Já agora, também é justo que se coloquem cartazes nas zonas da cidade para as quais não há ideias. Por exemplo: "Espero que tenha reparado que nunca aqui fiz nada e que continuo sem ideias".

terça-feira, agosto 26, 2003

Uma correcção

A fúria do início toldou-me o discernimento. Erradamente afirmei que não existe um fuso horário referente a Lisboa nos settings do blog. Não é verdade. Existe mesmo mas as pressas de começar levaram-me à asneira. Fica aqui a correcção e a promessa de ter mais cuidado com estas coisas.

A propaganda

No caminho de casa para o trabalho "reparo" num cartaz em tudo semelhante ao retratado no Lisboa a Arder (só muda o nome da rua). Reparei sim, senhor presidente. Reparei que, como repara o Lisboa a Arder, o senhor não se cansa de fazer campanha. Reparei que publicita o que é o dever da CML - reparar os pavimentos - como se fosse uma obra de cariz estrutural. Reparei que confunde o desempenho da CML com o seu, pois só assim se entende a utilização da primeira pessoa do singular. Mas também reparei, por exemplo, que metade dos Jerónimos está às escuras à noite. E também reparei que se prepara para gastar uma fortuna numa obra que não é prioritária (Canal 18! Adorei!). Talvez fosse preferível ver esses milhões bem empregues em parques periféricos, em incentivos à utilização do transporte colectivo de passageiros, em estudos que promovam uma rede eficaz de transportes públicos na Área Metropolitana de Lisboa, enfim, em medidas que ajudassem a diminuir a circulação automóvel e a poluição em Lisboa, especialmente no centro da cidade.

Para opinar

Criei um mail para acolher comentários sobre o que aqui se vai fazendo. O poder de encaixe é bastante bom mas reserva-se o direito de resposta. Quem não tiver mais que fazer pode escrever para: correio_para_espanha@yahoo.es

Petrarca no Abrupto

Na improvável hipótese de estar alguém a passar por aqui sem ter passado pelo Abrupto primeiro (ou estar a passar por aqui alguém de todo), JPP postou um poema de Petrarca traduzido por Vasco Graça Moura. Belíssimo! É por estas e por outras que invejo o blog do JPP. Já agora, aproveitem para partilhar aquela pérola com outras pessoas que um pouco de cultura não faz mal a ninguém. Partindo do princípio que está aí alguém a ler isto. Está? Alô?

segunda-feira, agosto 25, 2003

Nem de propósito, um exemplo

Estava aqui a pesquisar as possibilidades de edição do blog e reparei que existem referências aos fusos horários de uma série de cidades europeias, mas não se fala em Lisboa. Não podia ter começado melhor!

O começo

Já está! Após grandes considerações decidi-me mesmo a criar este blog. É o meu primeiro blog e é natural que tenha algumas insuficiências que me apressarei a corrigir assim que as for detectando. A ideia é contribuir altruisticamente para a blogosfera com opiniões e desabafos sobre as aparentemente irremediáveis diferenças de qualidade de vida, civismo, cultura, poder de compra, etc., que nos separam do resto da Europa ocidental. Não quer dizer que por aqui não se aprecie este cantinho europeu, ou que não se deseje as suas melhoras. Só quer dizer que se acha que se está bem melhor já aqui ao lado...