Leitor nº 209,5
Voltou. E ainda bem. Uma excelente notícia para começar a semana.
...ou outra coisa qualquer. Postagem de Miguel Silva Mails para: correio_para_espanha@yahoo.es
O João Tunes mudou, novamente, de domicílio. A preguiça, esse pecado mortal tão idiossincrático, impediu-me de actualizar o link a tempo e horas. No novo Água Lisa podem encontrar-se os links para os três (!) blogues que o João Tunes já alimentou. E depois os outros é que são uns perros callejeros.
José Sócrates, após o convite do Presidente da República, naturalmente, vai formar governo. Desde já, e ainda antes de entrarmos efectivamente no período de governação PS, podemos esperar algumas diferenças significativas em relação ao executivo que cede o seu lugar:
Esta semana estreia Mar Adentro, realizado por Alejandro Amenábar e com Javier Bardem no principal papel. É o mote ideal para tentar, mais uma vez, abordar o tema da eutanásia neste blogue.
Ivan Nunes publicou, ainda antes das eleições, uma reflexão longa, porém muito interessante, sobre o seu sentido de voto. Nela discorreu sobre a agenda do BE, a agenda do PS e respectivas diferenças.
e eu estou um bocado cansado desta semana que termina. Por isso, não me apetecendo estender-me muito em considerações, importa dizer, claramente, que a estabilidade não é um fim em si mesmo. Aliás, de raciocínios desses costuma vir muita asneira. Defender a democracia passa, também, por compreender isso.
Há uns meses, quando Jorge Sampaio convocou eleições antecipadas, alguém fez notar que estas seriam as primeiras legislativas em que a blogosfera poderia funcionar como um observatório. Pela parte que diz respeito a este blogue, por razões várias, não me parece que isso se tenha verificado. Até porque houve muitas coisas nesta campanha a que teria sido preferível nunca ter assistido.
Num post no ...Blogo Existo, JPC aborda a fragmentação grupal da sociedade e manifesta algum receio que este processo conduza a um esboroamento da sociedade.
Quem, ontem e hoje, comprou as edições do Público pode fazer uma comparação interessante. Observem-se as fotografias escolhidas para ilustrar as entrevistas do líder do Bloco de Esquerda e do líder do PS, edições de hoje e de ontem, respectivamente. A contrastar com a candura de Francisco Louçã aparecem imagens de um Sócrates irado, quase violento. O que, sobretudo para quem viu a entrevista, mas mesmo para quem apenas a pode ler, não transmite, de forma alguma, a postura do secretário-geral do PS. Perante isto, o que é que apetece dizer? Que se trata de um trabalho isento? Que é uma mera coincidência? Depois de ver, até ao final da semana, as opções para retratar os líderes do PSD e do PP, podemos falar mais sobre este assunto.
Não se percebe esta vontade irredutível de não fazer um estudo de impacte ambiental ao Túnel do Marquês. O que é que se perde com isso? Não ficávamos todos mais descansados sabendo o que realmente se arrisca com esta obra?
Não se percebe esta vontade irredutível de não fazer um estudo de impacte ambiental ao Túnel do Marquês. O que é que se perde com isso? Não ficávamos todos mais descansados sabendo o que realmente se arrisca com esta obra?
Se vos escapou o post sobre o bombardeamento de Dresden no Quase em Português, não percam muito mais tempo. É ir lá e ler até ao fim. Sobretudo o fim, porque duas asneiras não se transformam - nunca se transformaram - numa coisa certa.
Não é verdade que Sócrates e Santana sejam as duas faces da mesma moeda. Simplesmente, não é. Nem será necessário referir as manifestas divergências ideológicas que os separam para o constatar.
O Carnaval, tal como é celebrado por cá, em biquini e ao som de samba no pico do Inverno, transforma-se na mais tristemente estranha festividade que temos.
Asco é a palavra que melhor define o estilo da campanha do PSD de Pedro Santana Lopes. Uma náusea que se instala à boca do estômago sempre que os olhos se deparam com mais um cartaz ou com mais um tempo de antena totalmente falacioso.
Santana Lopes, entrevistado na TSF, acaba de deixar transparecer que qualquer resultado eleitoral superior ao que o PSD terá eventualmente alcançado nas europeias, que o próprio definiu a rondar os 29 ou 30%, já é louvável. Desengane-se quem pensa que será fácil afastá-lo da liderança do partido depois de uma derrota nas legislativas. Ao PSD faltou força de vontade, no momento certo, para não se ver colado a uma liderança previsivelmente danosa. Agora sofre as consequências.
O que estão a fazer a José Sócrates é de uma indignidade inqualificável. Mais ainda, convém recordar que, no que toca a calúnias vergonhosas lançadas sobre a vida de dirigentes políticos, tomando em consideração o que fizeram a Ferro Rodrigues, esta é, num curto espaço de tempo, a segunda que se conhece que tem como alvo um líder do PS. Dá que pensar. Assim é mais difícil - muito mais difícil - não acreditar em bruxas.